A mamografia digital é uma radiografia das mamas, um exame de diagnóstico por imagem. Assim como a mamografia convencional, sua versão digital é realizada por meio de um aparelho de raio-x chamado mamógrafo. O que acontece é que, depois da exposição da mama ao raio-x, o aparelho digital transforma a radiação em um sinal elétrico e o envia para um computador. Essa é a principal diferença com relação ao exame tradicional, realizado sem o uso de um computador. Nele, os resultados dependem da revelação de um filme – o que exige a aplicação de produtos químicos. Um ponto sensível aparece também no armazenamento das informações, já que qualquer alteração nas imagens exigiria realizar a mamografia convencional novamente. O exame digital, por sua vez, elimina esse risco.
A mamografia, como forma de rastreamento do câncer, é indicada para mulheres acima dos 40 anos, anualmente, como recomendação da nossa instituição e da Sociedade Brasileira de Mastologia. O Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos entre os 50 e 69 anos. Abaixo dos 40 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis e se o médico determinar esta necessidade.
Em caso de mamas muito densas, o médico poderá solicitar exames complementares, como o ultrassom. Em nossa instituição, em caso de mama densa, faz parte do protocolo fazer o ultrassom complementar de rotina.
A mamografia é um exame não invasivo e que deve ser feito inclusive por quem tem próteses mamárias. O exame pode ser incômodo para algumas pacientes, pois realmente precisa apertar bastante a mama para se conseguir uma boa imagem. No entanto, dor é uma questão de sensibilidade pessoal, ou seja, algumas mulheres não sentem dor. Para as que sentem, sugerimos que evitem programar seus exames para muito perto da data da menstruação, pois a mama estará mais sensível e isso pode aumentar o desconforto.